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  Raridades de Ary saem em seis CDs da Revivendo


Para marcar o centenário de Ary


Ary Barroso supera a marca dos cem anos


Duas estátuas


A ala Ary-Garrincha


Aquarela de Ary


O centenário de Ary


Noções, lições e emoções de Ary Barroso (1)


 
 
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  Ary Barroso supera a marca dos cem anos
Márvio dos Anjos - 2004-01-15 - Folha de São Paulo

A aquarela de Ary Barroso (1903-1964) tinha outras cores. Em 2003, seu vasto repertório musical ganhou um motivo -seu centenário de nascimento- para ser lembrado.
Mas quem entende que a rica obra musical desse mineiro de Ubá dispensa pretextos de calendário pode conferir o grupo Bons Tempos, que se apresenta de graça hoje, no Sesc Ipiranga, com o show "Ary, o Brasileiro", com textos do jornalista Sérgio Cabral.
O Bons Tempos, formado por Alfeu Julio (cavaquinho e voz), Caco Piccoli (voz solo e percussão), Chiquinho (pandeiro e percussão), Elder (timba e voz) e Newton Gmurczyk, já tinha estreado o espetáculo em 1994. Há 20 anos dedicados ao samba tradicional, haviam percebido em 1992 que a intimidade deles com Ary merecia um show à parte.
Coincidentemente, diz Gmurczyk, um ano depois, Sérgio Cabral publicou o livro "Nos Tempos de Ary Barroso", o que levou os músicos a saírem de Campinas e, no Rio, convidar Cabral a escrever textos para o musical. O jornalista topou a rara proposta de celebrar Ary.
"Foram necessários cinco caipiras para que o Ary recebesse uma homenagem no Rio, onde ele se consagrou", conta Gmurczyk.
E assim foi firmada a colaboração, que será vista no palco e contará com mais seis músicos convidados; além de 15 músicas de Ary -entre marchinhas, sambas e música sertaneja-, Cabral conta em um telão histórias do multimídia Ary (músico, locutor esportivo e apresentador de shows de calouros), sempre em locais onde o autor de "Aquarela do Brasil" era visto no Rio dos anos 40 e 50: o Bar Vilarinho, o Maracanã e a Rádio Nacional.
Nove anos depois, com patrocínio da Petrobras, o show pôde reestrear em setembro passado, no Rio, para uma turnê nacional que somará em fevereiro 52 datas.
Suficiente para lembrar Ary? Improvável. "Como diz Sérgio Cabral, talvez os brasileiros só se apercebam da grandeza de sua obra quando ele fizer 200 anos", diz Gmurczyk. Hoje, alguns poderão correr contra esse tempo.