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Juliana Vaz - 2010-08-20 - Folha de S.Paulo

Aposentado faz um programa de rádio dedicado à música brasileira

Ex-professor planeja ainda recuperar toda a obra de Lamartine Babo (1904-1963), um de seus três "filhos"


Em sua casa em Pinheiros, Omar Jubran guarda, dentro de uma sala onde a luz do sol entra com dificuldade, uma vasta coleção onde estima ter mais de 15 mil discos.

Na parede, ao lado de cartazes de Charles Chaplin, está uma fotografia em que aparece com Sérgio Cabral, autor de "No Tempo de Ary Barroso".
O fanatismo começou na infância, quando pelo rádio foi apresentado a Orlando Silva e Noel Rosa.

"Eu resolvi ter três filhos: Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo", conta. "Na minha opinião, são os caras mais importantes em termos de pilar: um tripé do qual brotou todo o resto. A bossa nova deve muito aos três, de alguma forma".

Pessimista, Jubran confessa que, de Lamartine, recuperou menos da metade da obra original.

Para a caixa de Ary, conseguiu grande parte dos discos 78 rotações por minuto com a ajuda de colecionadores. Um deles, Brasílio Carvalho, era seu vizinho.
"Ele foi o avô que eu não conheci. Infelizmente, na época em que faleceu, eu não tinha concluído a remasterização", lamenta.

Os cinco títulos que faltam para completar as 323 composições originais de Ary, acredita, foram gravadas, mas não prensadas e distribuídas comercialmente.
Desde 2007 aposentado, o ex-professor hoje se dedica ao combate daquilo que chama de falta de memória musical do país.

Sozinho e sem apoio, ele comanda há quatro anos um programa de música brasileira, transmitido nas manhãs de domingo pela rádio USP.

Jubran tenta recuperar em minibiografias nomes que considera essenciais na música brasileira. Sempre tendo como referência o passado, ele quer que seja veiculado no ensino básico.

"O [produtor cultural] Oswaldo Sargentelli (1925-2002) morreu com esse sonho: que se instalasse nas escolas um curso de MPB. Ele queria que fosse algo agradável, com a historia da nossa música."

Sua preferida é "Aquarela do Brasil". "Não vejo como uma canção ufanista", diz, encantado.