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  A história das camisas
Ary Barroso - 0000-00-00

Estão fazendo um cavalo de batalha de uma coisa que não tem nenhuma importância. Devo confessar, de início, que tenho pela gloriosa camisa do Vasco o mesmo respeito que devoto de qualquer outro grêmio desportivo. Não seria assim tão imbecil de querer, de tentar diminuir ou menosprezar as côres de uma associação das tradições, das glórias, do vulto e da responsabilidade de um Clube de Regatas Vasco da Gama.

O que houve foi o seguinte: logo que se falou em jogo de "combinados", fiquei preocupadíssimo com o uniforme dos jogadores. Quem iria entrar em campo? O Vasco? O Flamengo? Não, senhor; nem Vasco, nem Flarnengo. Portanto, não se compreenderia o uso dos uniformes de qualquer desses clubes. Se o "combinado" ganhar, quem ganhou foi a camisa que jogou. A outra ficará sempre em posição incômoda. Por isso, sugeri camisa neutra. Não traria nenhuma conseqüencia nem para o Vasco, nem para o Flamengo. Agora, o que eu disse, como pura blague, como "assinatura", como se diz, foi aquilo que o D. C. publicou:

"Tenho receio que os jogadores do Vasco, com a camisa do Flamengo, aprendam o segredo de se ganhar um jogo só com a camisa".

No mais, é onda!... O negócio do "amansamento" são outros quinhentos!... Nós todos do Flamengo fomos "amansados" pela atitude verdadeiramente comovedora que o Vasco tomou na morte de Gilberto Cardoso! Creio, porém, que, com a aproxirnação do encontre Vasco x Flamengo, pelo campeonato, esse "amansamento" irá por água abaixo e os "meninos" irão trançar o couro de verdade para o delírio diabólico e tonitruante da indomável torcida rubronegra. Mesmo porque, no dia em que a "rivalidade desportiva" entre os dois grêmios desaparecer, sera o fim! Tá?"