As setes palavras mais engraçadas
Outro erro em que muitos incidem é o de suporem que descobri musicalmente a Bahia. (s/ título)
Conversa diante do espelho. Ary, solo em tom maior.
Contudo, eu tenho medo da morte. (s/ título)
Voz de Ary Barroso narrando um gol
Sobre a admiração pelo Maestro Eleazar de Carvalho
Dá nela
Eu ando por um mundo esquisito de sons (s/ título)

Depoimento
Depoimento sobre o seu modo de compor
Música feiticeira e multiforme... (s/ título)
Depoimento sobre as coisas boas e más da vida
Depoimento sobre direitos autorais no Brasil
Esquecimento
Serei bustificado

 
 
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  O espirro
Ary Barroso - 0000-00-00

Espirrar, às vezes, é ótimo; outras vezes, horrível. Há caras que se transfiguram, que se retorcem, que se arreganham de tal modo nos prenúncios de um espirro, que chegam a fazer medo. Saber espirrar é uma arte. Pelo espirro, nem sempre, se conhece o nariz. Há narizes batatudos, vermelhões, ramificados de todo um sistema geográfico de veias, que espirram fininho, fininho. Há outros, delgados, gregos, impecáveis, serenos que, espirrando, lembram trompas guerreiras, fagotes, trombones de vara, bombos, enfim, toda uma escala cromática de instrumentos de... sopro. As mulheres, raramente, se deixam ver espirrar. Os homens não fazem cerimônia. E os espirros acompanhados de perdigotos? Coisa horrorosa! Os antigos achavam que espirrar era bom para descongestionar a cabeça. Então tomavam rapé. Que bom o espirro de rapé! Conheci um camarada que dava dezoito espirros assim de enfiada. Quando acabava, estava morto de cansado. O pior espirro é de "estrondo". É de amargar! Ca... taa... pimba! O caboclo chega até a tropeçar!