Chuva na roça... (s/título)
Explicação
Que calor!
Depoimento sobre o Natal
Que juiz!
Saiu no Diário Popular de São Paulo, em 27 de Maio
Casamento é um jogo ou uma política-a-dois?
[ Amor pela terra baiana ]
Tenho orgulho do tempo em que fui pianista de cinema... (s/título)
Ainda não posso dedicar-me à música (s/ título)
O ano de 62 foi melhor que o de 61 (s/ título)
Estávamos conversando...
From Paris
Recado à Perólia
Vejam!
Coisa simples

 
 
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  O espirro
Ary Barroso - 0000-00-00

Espirrar, às vezes, é ótimo; outras vezes, horrível. Há caras que se transfiguram, que se retorcem, que se arreganham de tal modo nos prenúncios de um espirro, que chegam a fazer medo. Saber espirrar é uma arte. Pelo espirro, nem sempre, se conhece o nariz. Há narizes batatudos, vermelhões, ramificados de todo um sistema geográfico de veias, que espirram fininho, fininho. Há outros, delgados, gregos, impecáveis, serenos que, espirrando, lembram trompas guerreiras, fagotes, trombones de vara, bombos, enfim, toda uma escala cromática de instrumentos de... sopro. As mulheres, raramente, se deixam ver espirrar. Os homens não fazem cerimônia. E os espirros acompanhados de perdigotos? Coisa horrorosa! Os antigos achavam que espirrar era bom para descongestionar a cabeça. Então tomavam rapé. Que bom o espirro de rapé! Conheci um camarada que dava dezoito espirros assim de enfiada. Quando acabava, estava morto de cansado. O pior espirro é de "estrondo". É de amargar! Ca... taa... pimba! O caboclo chega até a tropeçar!