Sobre a sua preferência pela música do trabalhador (s/ título)
Depoimento (s/ título)
Aos meus amigos de todas as horas... (s/ título)
Depoimento sobre os apertos iniciais da sua vida
Definindo a poesia
Sobre a sua ida ao estrangeiro
Adeus, Catarina!
Estou vivendo os melhores dias de minha vida,... (s/ título)
Estou realmente emocionado,... (s/ título)
Depoimento sobre a repercussão em sua cidade natal com relação ao título Grão-oficial do Mérito
Declaração ao regressar de viagem depois de 4 meses
Na buxa!
Dia cheio
Viagem de bonde
Carmen Miranda
Não consigo me lembrar, exatamente, como e quando conheci Carmen. (s/ título)

 
 
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  Que juiz!
Ary Barroso - 1956-01-07 - O Jornal

Há um juiz de direito nesta cidade que não reconhece ao compositor aquilo que a lei Ihe outorga a faculdade de dar preço e de fazer cobrar seu "direito autoral". Para esse juiz, a música que se toca num baile não tem preço, conquanto nenhuma orquestra toque essas músicas de graça. O clube paga casa, luz, telefone, bebidas, empregados, propaganda, músicos, etc., etc. Paga tudo, menos a música que é a coisa essencial. Para esse juiz, eu tenho de escrever um samba e "dar" esse samba aos clubes para os seus bailes. Pergunto agora a esse juiz: o clube vive de que? ou cobras de seus associados jóias, mensalidades e títulos de "proprietários"? O clube, que é rico, paga tudo, menos direito autoral e o compositor, que é pobre, escreve suas músicas para que os clubes se divirtam. Ou para que esse juiz dance... sem pagar. Viva o Brasil! Vivôôôôô! Viva o juiz! Vivôôôôô! E morra de fome o compositor! Morra!