Chateia... a música Chi-ri-bi-ri-bi, qua-qua, de minha autoria.
Há uma estrada Ionga que vai fugindo....
Três categorias de locutores radiofônicos
Às vezes, ali no Nice
Sei que me dão por morto...
Com 58 anos de idade, 25 dos quais compondo,...
Depoimento sobre a doença
Os sambas da minha época foram criados por compositores autênticos,...
O compositor tem no músico um irmão de todas as horas...
Assobiar
Sobre concursos musicais
Já sabia
Caubi Peixoto
Mercenário
O prêmio
Saúva!

 
 
anteriores início próximos
  Que juiz!
Ary Barroso - 1956-01-07 - O Jornal

Há um juiz de direito nesta cidade que não reconhece ao compositor aquilo que a lei Ihe outorga a faculdade de dar preço e de fazer cobrar seu "direito autoral". Para esse juiz, a música que se toca num baile não tem preço, conquanto nenhuma orquestra toque essas músicas de graça. O clube paga casa, luz, telefone, bebidas, empregados, propaganda, músicos, etc., etc. Paga tudo, menos a música que é a coisa essencial. Para esse juiz, eu tenho de escrever um samba e "dar" esse samba aos clubes para os seus bailes. Pergunto agora a esse juiz: o clube vive de que? ou cobras de seus associados jóias, mensalidades e títulos de "proprietários"? O clube, que é rico, paga tudo, menos direito autoral e o compositor, que é pobre, escreve suas músicas para que os clubes se divirtam. Ou para que esse juiz dance... sem pagar. Viva o Brasil! Vivôôôôô! Viva o juiz! Vivôôôôô! E morra de fome o compositor! Morra!