Chuva na roça... (s/título)
Explicação
Que calor!
Depoimento sobre o Natal
Que juiz!
Saiu no Diário Popular de São Paulo, em 27 de Maio
Casamento é um jogo ou uma política-a-dois?
[ Amor pela terra baiana ]
Tenho orgulho do tempo em que fui pianista de cinema... (s/título)
Ainda não posso dedicar-me à música (s/ título)
O ano de 62 foi melhor que o de 61 (s/ título)
Estávamos conversando...
From Paris
Recado à Perólia
Vejam!
Coisa simples

 
 
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  Que juiz!
Ary Barroso - 1956-01-07 - O Jornal

Há um juiz de direito nesta cidade que não reconhece ao compositor aquilo que a lei Ihe outorga a faculdade de dar preço e de fazer cobrar seu "direito autoral". Para esse juiz, a música que se toca num baile não tem preço, conquanto nenhuma orquestra toque essas músicas de graça. O clube paga casa, luz, telefone, bebidas, empregados, propaganda, músicos, etc., etc. Paga tudo, menos a música que é a coisa essencial. Para esse juiz, eu tenho de escrever um samba e "dar" esse samba aos clubes para os seus bailes. Pergunto agora a esse juiz: o clube vive de que? ou cobras de seus associados jóias, mensalidades e títulos de "proprietários"? O clube, que é rico, paga tudo, menos direito autoral e o compositor, que é pobre, escreve suas músicas para que os clubes se divirtam. Ou para que esse juiz dance... sem pagar. Viva o Brasil! Vivôôôôô! Viva o juiz! Vivôôôôô! E morra de fome o compositor! Morra!