Chuva na roça... (s/título)
Explicação
Que calor!
Depoimento sobre o Natal
Que juiz!
Saiu no Diário Popular de São Paulo, em 27 de Maio
Casamento é um jogo ou uma política-a-dois?
[ Amor pela terra baiana ]
Tenho orgulho do tempo em que fui pianista de cinema... (s/título)
Ainda não posso dedicar-me à música (s/ título)
O ano de 62 foi melhor que o de 61 (s/ título)
Estávamos conversando...
From Paris
Recado à Perólia
Vejam!
Coisa simples

 
 
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  Outro erro em que muitos incidem é o de suporem que descobri musicalmente a Bahia. (s/ título)
Ary Barroso - 0000-00-00

Outro erro em que muitos incidem é o de suporem que descobri musicalmente a Bahia. Não é verdade. Eu é que me descobri na Bahia. Os seus ritmos, seus candomblés, seus capoeiras, sua gente, em geral, foram para mim uma revelação. Fiquei de tal modo impressionado que o jeito foi exteriorizar essa admiração através da música. Isso data de uns trinta anos. Mas, antes de mim, Pixinguinha já havia composto dois ou três sambas sobre a "boa terra". Um deles dizia: "Oi, eu queria ir uma vez à Bahia.. ." Depois, veio o Dorival Caymmi, cantando as praias, os coqueiros, os pescadores, a Lagoa de Itapoã...

Tenho orgulho do tempo em que fui pianista de cinema. Os filmes eram mudos e ninguém podia suportá-los sem acompanhamento musical: valsas suaves e românticas no momento dos beijos e dos idílios, marchas heróicas nas cenas de batalhas... Tenho orgulho, porque, para comer, podia ter furtado, tomado dinheiro emprestado para não pagar, ou feito coisas parecidas. Ao contrário disso, transformei o piano em minha enxada. E valeu a pena.