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  Viagem de bonde
Ary Barroso - 0000-00-00 - O Jornal

Como estivesse na Rua do Catete e sem carro, peguei o primeiro bonde que passou e voltei à cidade - Não sei há quantos anos não me servia dos bondes da Light! Por isso, estranhei demais. Bonde era bom no meu tempo de estudante de Direito. Viajava-se folgado, tranqüilo, barato. Agora é um inferno! Gente como o diabo! No banco de cinco vão sete e mais uns quatro de pé à nossa frente. Nem jornal se pode ler. Antigamente as senhoras eram gentis, maneirosas, educadas. Hoje, Deus me livre. Vão entrando, vão pisando na gente, vão amassando tudo e nem pelota. Para se descer é um verdadeiro sacrifício. E como os bondes estão velhos e enferrujados, jogam e rangem, travam e arrancam fazendo dos passageiros verdadeiros coquetéis. For favor! De bonde, só... a pé!