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  Ary Barroso surge "dramático" em centenário
Pedro Alexandre Sanches - 2003-07-02 - Folha de São Paulo

O centenário do compositor mineiro Ary Barroso (1903-64) começa a ser abordado na TV pelas beiradas, em documentário da Rede SescSenac que tem sessões hoje e amanhã, às 21h e às 2h, respectivamente.
"O Brasil Brasileiro de Ary Barroso" foi dirigido no Rio de Janeiro por Dimas de Oliveira e Felipe Harazim e apresenta como trunfo principal extenso depoimento da filha do autor de "Aquarela do Brasil", Mariúza.
É ela quem conta sobre a morte do pai, em 9 de fevereiro de 1964, poucas horas antes do desfile carnavalesco do Império Serrano, que levaria o enredo "Aquarela Brasileira", em homenagem a Ary. Mariúza se emociona ao contar que um bloco carnavalesco fantasiado carregou o caixão de um dos pilares do nacionalismo brasileiro na música popular.
A proximidade do golpe militar que aconteceria no final de março seguinte fica interdito no documentário, assim como fica também o nome de Getúlio Vargas, cujo nacionalismo populista Ary representou no Brasil e nos Estados Unidos. A antipatia de Ary pela bossa nova aparece numa única e rápida menção.
Sua passagem por Hollywood rende revelações de sua filha -ele só não teria aceito se radicar lá por causa de seu nacionalismo- e imagens de arquivo.
O problema da falta de imagens em movimento dos grandes intérpretes de Ary (Carmen Miranda, Orlando Silva, Linda e Dircinha Batista, Araci de Almeida etc.) é solucionado por dramatizações amadoras. Passagens "divertidas" da vida do artista também viram constrangedoras cenas dramatizadas.
O vácuo é compensado por fartos depoimentos inéditos de pessoas do convívio de Ary, como Carmélia Alves e Roberto Luna (que revela detalhes saborosos sobre o Ary animador de programas de calouros).