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Gil leva balé à política e faz solenidade-show Ed Ferreira e Nélia Marquez - 2003-01-16 - Estadão
BRASÍLIA - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, teve ontem seu primeiro dia de cantor no exercício da função pública. Pela manhã, transformou em um pequeno show a solenidade de posse a 14 novos dirigentes do ministério cantando três músicas. À tarde, no Palácio Planalto, outra participação musical do ministro. Em solenidade de assinatura de decreto que declara 2003 ano comemorativo do centenário de nascimento de Ary Barroso, Gilberto Gil, acompanhado de duas duplas mineiras Célia e Selma e Célio e Marcos, cantou Aquarela do Brasil, o grande sucesso do compositor mineiro.
Cantar numa solenidade como esta é, para o ministro, "dar à política um pouco de balé". E acrescentou o irreverente artista baiano: "É uma forma de descontrair os gestos da República. Trata-se da política dançarina do século 21."
O ministro também foi homenageado, por sugestão de uma das duplas, com a música Esperando na Janela, tema do filme Eu, Tu, Eles, cantada pelos mineiros.
Além de cantar, o ministro discursou nas duas solenidades. No Planalto, Gilberto Gil, comentou as resistências que sofreu por parte do PT após ter sido anunciado como ministro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Ministério da Cultura ficou do jeito que o Lula queria", disse.
Palhinha - Pela manhã, ao empossar os 14 dirigentes do ministério, Gil disse que a palavra-chave da pasta é integração. Essa integração, segundo ele, ocorrerá tanto com os outros ministérios como com o meio artístico. Terminado o discurso, Gil estava bem descontraído e resolveu atender funcionários para que desse "uma palhinha".
Pegou o violão e cantou três músicas. A primeira delas, Drão, ele ofereceu ao ministro da integração nacional, Ciro Gomes, que estava acompanhado da mulher, a atriz Patrícia Pilar. "Eu sei que ele gosta", disse. Outro ministro presente à solenidade era Jaques Wagner, do Trabalho. Gil ainda cantou mais duas músicas - uma, de Bob Marley, em inglês, e Esperando na Janela. Foi muito aplaudido.
Foram empossados Juca Ferreira, como secretário-Executivo; Waly Salomão, como secretário Nacional do Livro e Leitura; Márcio Meira, como secretário Nacional do Patrimônio, Museus e Artes Plásticas; Sérgio Mamberti, como secretário Nacional da Música e Artes Cênicas; Orlando Senna, como secretário Nacional do Audiovisual; Pedro Corrêa do Lago, presidente da Fundação Biblioteca Nacional; José Almino de Alencar, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa; Maria Elisa Costa, presidente do IPHAN; Antonio Grassi, Presidente da Funarte; Marcelo Carvalho Ferraz , como coordenador do Programa Monumenta/BID; Sérgio Xavier, chefe de Gabinete do Ministro da Cultura; e os assessores Roberto Costa Pinho, Antônio Risério Leite e Paulo Cesar Miguez de Oliveira. (Colaborou D.W.) |
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