|
|
|
Alma de mulher Ary Barroso - 2004-06-29
Uma vez ganhei um cravo. Lindo. PerfumadÃssimo. Cor de rosa. Depositei-o cuidadosamente numa pequena jarra. Durante vários dias ficou vivo e bonito. Pouco a pouco, entretanto, foi emurchecendo. Enchi-me de especial carinho pela flor. Tudo fiz para conserva-lhe a vida. Em vão. Mais alguns dias e... morreu!. Guardei-o ressequido, entre duas folhas de um livro. Os anos fizeram-me esquece-lo. E ao suave episódio de sua transferência para as minhas mãos. Ontem, por acaso, abri um livro. Lá estava a flor! Era ela! Não havia a menor dúvida! Amigos, cada vez mais acredito na Saudade. De fato, em cada flor há um pouco de alma de mulher. Mesmo que seja um cravo cor-de-rosa amarelecido pelo tempo... |
|