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Ary Barroso - 2004-06-29

Viver nos Estados Unidos é bom. Por vários motivos. Um deles: o sistema de financiamento para uma noite de bar ou de boate. Simples, prático, confortável. Reunem-se quatro, cinco ou seis pessoas em uma mesa. Bebem e comem. Ou bebem ou comem. No fim, sem o menor constrangimento, cada um paga o seu. Não é ótimo? Esse sistema, independe de qualquer ajuste prévio. Já se sabe: vamos tomar um "drink"? cada um paga o seu. Aqui o negócio é bastante diferente. Às vezes não se está afim de bebida. Mas, aparecem dois ou três "amigos" e nos convidam a um papo numa boate. Entramos. Uma mesa. Lá vem o litro de "scotch". Doses próprias para se beber, de duas em duas horas, em colher de chá. Primeira rodada. Segunda. As doses vão ficando maiores, uma vez que depois do segundo ou terceiro copo o freguês nem dá confiança às listinhas. O tempo passou rapidamente. Já é hora de deitar o esqueleto. Então, começa a angústia. Ninguém quer ser o primeiro a pedir a conta, porque o primeiro que pedir, morre com a "gaita". Acontece, não raro, que um dos "amigos", exatamente nesta horinha, resolve pedir licença para "ir ali" ou "falar com fulano"... e rua!. Os outros, firmes. Como o cansaço chegou mesmo, pagamos a despesa, sob os olhares "circunvagos" dos "amigos" que ficaram, não se mexeram e nem agradeceram. Positivamente não está certo. Precisamos acabar com este sistema que é horrível! Vá lá que se convide, uma noite, um camarada para um trago. Essa estória, porém, de cinco beberem e só um agüentar com a bomba, já devia estar superada. O próprio Eça de Queiroz me ajuda quando escreve: "Desencontro contínuo das almas congêneres, - neste mundo de eterno esforço e de eterna imperfeição."